O Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia e administrado pela Ebserh (Hupes-UFBA/Ebserh), realiza, por ano, entre 100 e 130 transplantes de córnea, tendo chegado, em 2020, à marca de 1.300 procedimentos realizados desde que iniciou esse tipo de procedimento.
Referência para casos de alta complexidade, o ambulatório de oftalmologia do Hupes atende aos casos encaminhados via regulação ambulatorial. Trata-se do único hospital totalmente SUS que realiza o procedimento no momento (os demais são credenciados).
A médica Patrícia Marback, que coordena a equipe de transplante, explica que a doação de córnea só pode ser realizada após o falecimento do doador. “Antes da pandemia era possível captar córnea em pacientes com coração parado. Atualmente, só de doador de múltiplos órgãos, porque é possível fazer prova e contraprova para Covid-19. Por esse motivo, só transplantes caracterizados como prioridade estão sendo realizados”, afirma.
O que facilita esse tipo de doação é que não há necessidade de compatibilidade entre doador e receptor. O ambulatório de córnea recebe pacientes todas as semanas, encaminhados por serviços de atenção primária, para avaliar o diagnóstico e a indicação do transplante.
O transplante de córnea é uma cirurgia desenvolvida para tratamento de doenças que causam opacidade ou deformidade da córnea, impedindo que a luz entre o olho e processo de formação da imagem se complete. O Centro de Transplantes do Hupes logo se transformou em referência no estado.