A preocupação com as questões ambientais na atualidade reflete-se na programação do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFBA 2019, que acontece de 29 a 31 de outubro. O evento reunirá várias atividades voltadas para o debate sobre sustentabilidade e meio ambiente. Entre principais temas destacados estão as mudanças climáticas em todo o planeta, a degradação dos ecossistemas, a situação dos manguezais, alimentação e medicina alternativas e biotecnologia.
Na quarta-feira, 30 de outubro, a mesa intitulada “Antropoceno e degradação ambiental”, acontece a partir das 10h15, no auditório A do Instituto de Geociências (Igeo), e promove um debate crítico a respeito das repercussões socioambientais da exploração desmedida e predatória de recursos naturais. A proposta da mesa afirma que a América Latina e o mundo experimentam um novo período de acumulação e transformação do capitalismo, cujos ditames ampliam e empurram economias periféricas a um retorno a economia de commodities primarias (minérios, petróleo e agrícolas), o que tem gerado a exploração sem precedentes de novas áreas e ampliado conflitos. A mesa é uma iniciativa do professor Marco Antônio Tomasoni, do Instituto de Geociências da UFBA.
A situação dos manguezais será tema de uma mesa no mesmo dia 30, às 14h, também do auditório A do Igeo. Os manguezais compõem um ecossistema costeiro, característico de zonas de transição entre a faixa marinha e continental, sendo exclusivos de regiões intertropicais. Esses ecossistemas são considerados berçário da fauna marinha e local de desenvolvimento de diversas espécies animais e vegetais. A iniciativa, proposta pelo professor Antônio Fernando Queiroz, do Departamento de Oceanografia do Igeo e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente, pretende chamar a atenção para a necessidade de preservação desse importante ecossistema e de permitir sua manutenção equilibrada, inclusive como uma das maneiras de garantir alimentação para sobrevivência da população mundial. Estudos recentes mostram que os manguezais estão passando por processos acelerados de degradação, devido principalmente às mudanças climáticas e crescimento urbano.
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No dia 31 de outubro, a mesa “Energia e Mudanças Climáticas”, vai discutir a geração e o uso da energia, que são responsáveis por grande parte das emissões de Gases de Efeito Estufa no mundo. Será uma oportunidade para discutir sobre a participação das fontes renováveis intermitentes (energia solar e eólica) na matriz energética brasileira, e a questão da eficiência energética nas construções, destacando o programa de Racionalização do Consumo de Água e Energia nos Prédios Públicos do Governo do Estado da Bahia, desenvolvido em parceria com a Rede de Tecnologias Limpas (TECLIM) da Universidade Federal da Bahia. A mesa será no dia 31, às 15h, no auditório Yeda de Andrade Ferreira, no Igeo. A atividade tem como proponente a professora Maiana Brito Matos, Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação da UFBA.
“Biotecnologia na era da Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável na Bahia” será o tema da mesa programada para o dia 31/10, às 14h, também no auditório A do Igeo. A atividade foi proposta pela professora Ângela Rocha, do Instituto de Ciências da Saúde, chefe do Núcleo de Transferência de Tecnologia da Coordenação de Inovação da UFBA (NIT-UFBA). A Bioeconomia apresenta soluções inovadoras e sustentáveis aos processos produtivos, em que os pilares básicos de produção são derivados de recursos biológicos renováveis. Nesse cenário, o Brasil é o país considerado como o detentor de maior megabiodiversidade do planeta, e a Bahia, especialmente, conta com a presença de cinco biomas: mata atlântica, cerrado, caatinga, costeiro e marinho – o que lhe confere uma rica e complexa biodiversidade.
A proposta dessa mesa destaca que “excelência nas pesquisas biotecnológicas acadêmicas, aliada à reconhecida qualidade do ensino superior em biotecnologia no Estado, podem contribuir para o desenvolvimento de processos com base biológica e para a transformação de recursos naturais em bens e serviços, sendo igualmente promissoras para o estabelecimento de uma Bioeconomia forte e atuante no estado, o que implicará em benefícios sociais, econômicos e ambientais para a Bahia”.
Outra mesa relacionada às questões ambientais, “Alimentação e medicina alternativas”, acontece também no dia 31, às 14h, na sala 211 do PAF I, no campus de Ondina. A iniciativa é do professor do departamento de sociologia da UFBA Altino Oliveira Junior. Com o propósito de promover a troca de saberes entre profissionais das áreas da alimentação/nutrição com professores, estudantes, técnicos e interessados na temática, serão abordadas dimensões socio-cultural, ambiental, da produção agropecuária e os assuntos relativos a alimentação e medicina naturais, também chamados de alternativos, que fazem parte do campo agroecológico. Será espaço para socializar conhecimentos e possibilidades de manter o corpo saudável através da alimentação e sobre tratamentos através de técnicas naturais.