Simpósio e coleção de livros recuperam relação entre medicina e história da ciência na Bahia

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A Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia promoveu o I Simpósio de História da Medicina da Bahia. O evento contou com debates por meio de mesas redondas e conferências com professores de diversas áreas ligadas ao campo da saúde e das ciências humanas. Marcado pela interdisciplinaridade e troca de aprendizados, o simpósio teve participação, tanto na organização quanto na plateia, de estudantes de história, medicina e bacharelado intrdisciplinar em saúde. Com o tema “A Medicina na História: as lutas e conquistas pela saúde”, o evento abordou assuntos relacionados à escravidão e saúde no Brasil, história da loucura, história da medicina e saúde: perspectivas disciplinares, e história da medicina materno-infantil, dentre outros.

Durante o evento, a Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba) realizou o pré-lançamento da série de livros “História da Medicina na Bahia”, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina. Para o organizador do evento e da coleção, professor da Faculdade de Medicina Eduardo Reis, o lançamento foi um marco no “registro histórico sobre a produção do conhecimento da medicina baiana. É um marco historiográfico inigualável de participação e engajamento coletivo de produção literária médica. A série destaca-se também pela variedade de temas envolvidos, de uma só vez, com diversidades de abordagens, criando uma miscelânea de dados e fatos históricos sobre a medicina baiana nunca antes vista”.

Foram pré-lançados quatro volumes da série: “A História da Medicina: contextos e intersecções da Faculdade Primaz do Brasil”, “A História da Medicina: histórias das especialidades médicas”, “A História da Medicina: especialidades cirúrgicas e diagnósticas na Bahia e no mundo” e “A História da Medicina: transversalidades e interfaces entre sociedade, cultura e política”. Os quatro volumes tiveram a participação de mais de 400 autores, entre professores, estudantes e técnicos administrativos, predominantemente da Faculdade de Medicina da Bahia, abarcando 77 capítulos e mais de 2 mil páginas.

“Somos a primeira Faculdade de Medicina brasileira, mas, por ter perdido, posteriormente, o espaço de produção de conhecimento sobre a História da Medicina para outros centros acadêmicos fora da Bahia, esses quatro livros podem recolocar o nosso estado numa posição mais justa como fomento em tal área”, conclui Reis.