A professora Eliane Azevedo – ex-reitora da UFBA e professora emérita da Faculdade de Medicina da Bahia – será homenageada com o título de pesquisadora emérita pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), conforme anúncio realizado no último dia 31 de março.
A cada ano, o CNPq presta homenagem a pessoas e instituições que atuam para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Os nomes são escolhidos pelo Conselho Deliberativo do CNPq, composto por pesquisadores e pesquisadoras, representantes instituições públicas e privadas e da comunidade científica. O reconhecimento se dá pelo conjunto de sua obra e por seu renome junto à comunidade científica. A cerimônia de premiação acontecerá em maio deste ano, no Rio de Janeiro.
Em sua trajetória como pesquisadora, Eliane Azevedo dedicou especial atenção aos estudos na área da genética médica e antropogenética. Buscou avaliar os impactos éticos gerados pelo avanço da tecnociência na área da saúde, além de refletir sobre os problemas bioéticos persistentes no país em decorrência das desigualdades de acesso aos bens de saúde. Foi bolsista 1A do CNPq de 1976 a 2010.
Eliane Azevedo foi reitora da UFBA entre 1992 e 1993. Foi também vice-reitora, entre 1985 e 1889, e atuou por mais de 30 anos na docência e na pesquisa. Em 1975, foi aprovada em concurso público para professora titular de Genética Médica na Faculdade de Medicina da UFBA. Mesmo após a aposentadoria, continuou contribuindo como coordenadora do Núcleo de Bioética da Faculdade de Medicina da Bahia e ministrou aulas no Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho até o ano de 2009. Foi também professora titular de Bioética na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde trabalhou até a sua aposentadoria, em 2006.
Como estudante, concluiu a sua graduação em Medicina pela UFBA, em 1961. Possui doutorado em Philosophy in Genetics pela Universidade do Hawaii, Estados Unidos (1969), e pós-doutorado na University of Washington, EUA (1966), e na Universidade de Londres (1973).
Azevedo foi ainda integrante de comitês assessores e do Comitê Superior do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Com apoio do CNPq, criou na UFBA o Programa Experimental de Bolsas de Iniciação Científica, transformado no atual Pibic. É autora de mais de 200 trabalhos científicos e 20 livros publicados no Brasil e no exterior.
Atualmente é conselheira emérita do Instituto Feminino da Bahia, membro honorário da Academia Fé e Razão, membro emérito da Academia de Medicina da Bahia e membro titular fundador da Academia de Ciências da Bahia. A partir de 2010, passou a dedicar-se ao estudo de Ciência e Fé, tendo organizado e publicado quatro livros e vários artigos sobre o tema.
Confira a lista de homenageados(as) pelo CNPq em 2023:
