
Mesa de abertura da Plenária do CGTIC na UFBA, com a presença da Superintendente de TI da UFBA, Vaninha Vieira; vice-presidente do CGTIC, Lidiane Cristina da Silva e o assessor da STI/UFBA, Luiz Cláudio Mendonça
Segurança da informação, proteção dos dados dos usuários contra ataques cibernéticos e especificidades sobre infraestrutura estiveram em pauta durante o encontro do Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das Instituições Federais de Ensino Superior (CGTIC), que, entre os dias 7 e 8 de novembro, reuniu na UFBA representantes das universidades federais nessa área. Foi a primeira vez que a reunião aconteceu fora da sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.
“É um momento especial porque estamos experimentando levar essa reunião plenária para outras instituições, o que permite conhecer outras realidades”, disse, na abertura do evento, a vice-presidente do CGTIC, Lidiane Cristina da Silva, superintendente de TI da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A seu lado, a superintendente de Tecnologia da Informação da UFBA, Vaninha Vieira, concordou que “é esse movimento que enriquece as nossas discussões para a tomada de resoluções sobre questões atuais, que estão demandando atenção em nossas universidades”.
Nessa última reunião plenária de 2023 – o evento acontece quatro vezes ao ano – , “o foco esteve voltado para a segurança da informação”, informou Lidiane Silva, ressaltando a presença de especialistas da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), apresentando novos serviços para apoiar as instituições. “A gente realiza essas discussões para que as universidades possam se aprimorar nesse processo de segurança da informação”, completou.
“Essas reuniões plenárias são importantes porque promovem a interação dos gestores de TI com representantes de órgãos do Governo, da Secretaria do Governo Digital. Apresentamos problemas, perspectivas. E realmente é uma oportunidade muito interessante, porque nós somos diretamente afetados pelas decisões que são tomadas pelos governantes, em Brasília”, pontuou Luiz Claudio Mendonça, ex-superintendente e, atualmente, é assessor da STI/UFBA.
Mendonça relembrou que, “ao longo dos anos, percebemos que, a partir dessas plenárias, as universidades se tornaram conhecidas para esses grupos específicos de tecnologia, portanto, é uma oportunidade para alinhar perspectivas e entendimentos para que as decisões desses órgãos sejam adequadas às nossas necessidades”.
“As plenárias têm sido de grande ajuda para conduzir a gestão da TI, porque conseguimos fazer articulações com outros órgãos, visando tanto a parte de segurança da informação, como a de licitações, trazendo representantes do Tribunal de Contas da União (TCU)”, afirmou a vice-presidente do CGTIC. “Então, são agendas assim que têm trazido discussões úteis para melhorar a gestão da TI nas universidades”, afirmou.
Por isso, Vaninha Vieira comemorou reconhecendo que “foi muito gratificante recebermos, primeira vez na Bahia, esse colégio de gestores, que sempre se reuniu em Brasília”. “Foi uma experimentação importante para o aprendizado e troca de experiências”, concluiu Lidiane Silva.
Papel da TI nas universidades

Auditório da reunião plenária com representantes de gestores de TI de dezenas de universidades federias brasileiras.
Entre as discussões dos gestores esteve o papel dos órgãos de gestão da Tecnologia da Informação das universidades. O fato da superintendência de TI receber demandas que, talvez, seriam de outros órgãos da Universidade, foi sinalizado por Vaninha Vieira logo na abertura do encontro.
“Eu percebo que [quando] se tem as palavras ‘digital’, ‘informática’ ou ‘computação’, logo subentende-se que é atribuição da STI, mas a gente sempre tem uma demanda que vai um pouco para a pesquisa, inovação. Então, qual é o nosso papel, exatamente?”, questionou a professora do Instituto de Computação da UFBA. Para essa questão, os debates apontaram direções entre uma possível interação com outros grupos de pesquisas existentes nas universidades.
Os gestores de TI das universidades também debateram medidas para viabilizar uma integração entre os sistemas das universidades e a Plataforma Sucupira – módulo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) voltado à pós-graduação e que permite a consulta e critérios utilizados para classificação de periódicos (Qualis das áreas).
Possíveis soluções viáveis para inquietações do cotidiano, como o contingente de recursos humanos necessário para atender às demandas das comunidades universitárias; a infraestrutura diante da tecnologia que muda diariamente, principalmente, com o advento da inteligência artificial (IA); além de questões de mercado, como integração de dados com qualidade e velocidade, estiveram entre as discussões.
Sobre o CGTIC
O Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das Instituições Federais de Ensino Superior (CGTIC) é formado pelos diretores de Tecnologia da Informação e comunicação de 64 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O Grupo de trabalho foi instalado em maio de 2006 em Brasília, com o objetivo de assessorar a Andifes na área de Tecnologia da Informação e Comunicação das IFES.
O colégio possui como atribuições: elaborar, por iniciativa própria ou sob demanda, estudos e projetos de desenvolvimento da área de Tecnologia da Informação e Comunicação nas IFES; promover estudos sobre temas de interesse na área de tecnologia da informação e comunicação das IFES; sempre que possível compartilhar entre as IFES problemas e, quando for possível, promover o desenvolvimento colaborativo de soluções e estabelecer intercâmbio com órgãos da área de Tecnologia da Informação e Comunicação.