UFBA lança novo curso de engenharia de petróleo, oferecido pela Escola Politécnica

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A UFBA lança em 2024 seu mais novo curso: a graduação em engenharia de petróleo, oferecida pela Escola Politécnica da UFBA, que estará entre as opções de matrícula no próximo Sisu para o primeiro semestre de 2024

Aprovado pelo Conselho Acadêmico de Ensino (CAE) em outubro deste ano, o novo curso surge a partir do desmembramento da habilitação em petróleo do curso de engenharia de minas, que é ofertada desde 2005 e já formou 107 engenheiros(as). Assim, a UFBA passa a contar com dois cursos de graduação independentes: engenharia de minas, que foi reformulado; e engenharia de petróleo, com a oferta de 30 vagas anuais – sendo 24 vagas através do Sistema de Seleção Unificada (SISU), e 6 vagas por meio do processo seletivo para egressos do Bacharelado Interdisciplinar (BI).

O processo de criação do curso teve início em 2018, e o currículo elaborado envolve componentes curriculares de 18 departamentos da UFBA, na Escola Politécnica e também no Instituto de Geociências, Instituto de Matemática e Estatística, Instituto de Física, Instituto de Computação, Instituto de Química, entre outras unidades. Com duração de 10 semestres (5 anos), turno integral, modalidade presencial e carga horária de 3840h, o curso define entre as áreas de atuação dos egressos: engenharia de poço, engenharia de reservatórios, processo de produção, gestão ambiental e regulação.

O curso tem como objetivo formar engenheiros(as) com alto nível de conhecimento para atender às demandas do setor de exploração e produção de petróleo e gás natural do país. O projeto pedagógico também foi construído com base nas atribuições definidas pelo Conselho Federal de Engenharia, visando a atender às necessidades do mercado baiano e brasileiro.

De acordo com o diretor da Escola Politécnica, Marcelo Embiruçu, a iniciativa pode ser considerada, na realidade, como a “recriação” do curso de engenharia de petróleo da UFBA, um resgate histórico, visto que a Bahia, através de sua Escola Politécnica, juntamente com o Rio de Janeiro, foi pioneira na formação destes profissionais no Brasil.

“A Escola Politécnica da UFBA formou dezenas de engenheiros de petróleo nas décadas de 1950 e 60, além de vários especialistas nesta área, em diversos níveis, ao longo das décadas seguintes. Nessa retomada, além do resgate histórico, apontamos também para o futuro, com uma forte interlocução com a transição energética e com a engenharia de energia, em articulação também com outras áreas da engenharia, como a engenharia ambiental, a engenharia de minas, a engenharia elétrica, a engenharia mecânica, a engenharia industrial, a engenharia química, entre outras. Portanto, é uma grande alegria para toda a nossa comunidade estarmos relançando este curso pelo qual todos nós certamente trabalharemos e lutaremos muito para que tenha vida e longa e compartilhe o sucesso secular da nossa Escola Politécnica”, afirma o diretor.

O coordenador do colegiado do curso, professor Júlio Nascimento, destaca que “a exploração e produção de petróleo na Bahia é de extrema importância para a economia baiana, isso porque possui uma grande capacidade de geração de empregos, renda e negócios. Atualmente o setor encontra-se em retomada de crescimento devido a entrada dos produtores independentes na exploração de produção de campos maduros e retorno da Petrobras à Bahia, que prevê investimentos na ordem de R$ 3,5 bilhões com a perfuração de 35 novos poços e a intensificação do desenvolvimento de pesquisas científicas e de tecnologias na Bahia”.

Nascimento entende que “há grande expectativa sobre esse novo ciclo, com a geração de oportunidades aos profissionais com formação técnica e atual para atender os desafios mercado. É importante frisar que estamos em um momento em que o mundo tem perseguido reduções nas emissões de gases do efeito estufa. Nesse sentido, a engenharia de petróleo pode contribuir no processo de transição energética através da transferência de conhecimento e tecnologia, como o armazenamento de carbono em reservatórios de petróleo, e aumento na exploração do gás natural no Brasil, que está emergindo como o ‘combustível de transição’, rumo à economia de baixo carbono”, conclui.

Mais informações estão disponíveis no site do curso de engenharia de petróleo da UFBA ou através do e-mail: petroleo@ufba.br

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