UFBA inicia pesquisa-ação com 720 agentes culturais de todo o Brasil

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A cultura e a democracia foram temas do encontro promovido para 720 agentes culturais de todo o Brasil participantes da Pesquisa-Ação: Agentes Culturais Democráticos, que contou com as presenças do reitor da UFBA, Paulo Miguez, da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, do secretário de Formação, Livro e Leitura, Fabiano dos Santos Piúba, da secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Cristina Martins, da presidenta da Fundação Nacional das Artes, Maria Mariguella, da coordenadora do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura da UFBA (CULT) Sophia Rocha, e do coordenador do projeto, professor Albino Rubim. A aula inaugural do projeto foi realizada no dia 16 maio, no Teatro Martins Gonçalves, na Escola de Teatro da UFBA, com transmissão ao vivo no Youtube do Minc, e teve como mestre de cerimônia a atriz e professora da Escola de Teatro, Meran Vargens. A pesquisa-ação é uma iniciativa do Ministério da Cultura e do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura da UFBA (CULT), em parceria com Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

“Estaremos empenhados em produzir o melhor de uma pesquisa-ação, retomando uma parceria já antiga entre essa universidade e o Ministério da Cultura”, afirmou o reitor Paulo Miguez. E completou: “a UFBA não deixará de cumprir o seu papel de formadora, de uma casa preocupada, acima de tudo, com a construção da cidadania e a defesa da democracia”.

 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que foram selecionados para o projeto agentes culturais representativos da diversidade social, cultural e regional de todo o Brasil. “A capacitação e a formação de agentes culturais democráticos é também uma dimensão estratégica para o desenvolvimento do nosso plano social, político, econômico, cultural, simbólico e humano”, afirmou a ministra, que compartilhou a compreensão da cultura como uma oportunidade para o combate das desigualdades e o fortalecimento dos ideais democráticos.

O coordenador da pesquisa Albino Rubin falou sobre o propósito de estabelecer diálogos entre os saberes universitários e os saberes dos agentes culturais para a produção do conhecimento e a realização de atividades formativas. “Esse encontro de saberes deve potencializar o projeto”, avaliou. O termo agentes culturais, explicou Rubim, acolhe toda uma variedade de fazedores de cultura, que inclui criadores, produtores, divulgadores, promotores, curadores, gestores, conselheiros, preservadores, restauradores, etc. “Esse projeto de pesquisa-ação é um diálogo democrático entre universidade e sociedade”, acrescentou.

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Público prestigiou aula inaugural da Pesquisa-Ação: Agentes Culturais Democráticos (Foto: Marlon Chagas)

O projeto tem como objetivo gerar conhecimentos e reflexões para aprimorar as ações culturais democráticas na atual conjuntura vivida no país. Como parte das atividades formativas que estão programadas, os mais de 700 agentes culturais irão desenvolver Planos de Ação Cultural baseados em suas experiências culturais e nos diálogos estabelecidos ao longo do projeto, que envolve também 13 pesquisadores e 24 auxiliares de pesquisa.

A ministra Margareth Menezes definiu a cultura como um elemento estruturante e também transformador da sociedade, e ressaltou a importância da recriação do Ministério da Cultura. Ela defendeu o acesso aos bens, produtos e serviços culturais como um direito de todos e todas, bem como uma maior convergência entre cultura e educação na elaboração e consolidação das políticas públicas.

Segundo a ministra, o Plano Nacional de Cultura, que está em elaboração por meio da escuta e diálogo com a sociedade, deverá definir políticas culturais permanentes e abrangentes, nacionalizando o fomento e o acesso à cultura. Margareth reforçou a importância de fazer com que a sociedade possa conhecer e acessar as políticas públicas culturais, e fazer com que os direitos culturais cheguem a todas as pessoas e a todos os lugares do país.

“O povo brasileiro tem em seu DNA a criatividade, a diversidade cultural e artística como marca de referência. Para além de tudo isso, é importante ter coragem e compromisso em fazer políticas públicas culturais que promovam reparações e superações de desigualdades”, afirmou Margareth Menezes, que também falou de sua satisfação com a parceria firmada com a UFBA no projeto e em “ter novas cabeças pensantes chegando e trazendo renovação e mais esperança para a construção e o aprimoramento de novas oportunidades para mudar e melhorar o Brasil”.