
Maria José Muniz de Andrade (Mayá) é uma das principais lideranças indígenas do país. Educadora e orientadora religiosa de origem Tupinambá, percorreu e percorre até hoje uma trilha por vezes prazerosa, mas muitas vezes bem difíceis, segundo ela mesma narra, sempre a favor dos direitos indígenas.
Maria Muniz possui curso de formação para o Magistério Indígena (2003) e, em 2005, na França, foi distinguida como Membre de la Communauté de Brou-Sur-Chantereine. Ela leciona na reserva Caramuru Catarina Paraguassu, no sul da Bahia e, durante os semestres letivos de 2024, também na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (FFCH/UFBA), na condição de Professora Visitante Notório Saber UFBA, selecionada no edital de 2023, do Departamento de Etnologia e Antropologia (DAE). O título de Notório Saber que faz parte do seu amplo currículo de lutas foi concedido em 2022, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Receber Mestra Mayá na FFCH/UFBA como docente é avaliada como uma promoção da educação indígena a medida que valoriza saberes tradicionais e fortalece as comunidades originárias. “Os objetivos estabelecidos, os resultados esperados e as atividades propostas, demonstram o compromisso de Maria Muniz em contribuir para a construção de um mundo mais justo e igualitário, onde a diversidade cultural e os direitos indígenas sejam plenamente reconhecidos e respeitados”, segundo Dossiê de Apresentação da Mestra e Professora Visitante, elaborado pelo também professor indígena da FFCH/UFBA, Felipe Tuxá.
Essa entrevista com Mestra Mayá,(doravante MM) é parte de uma série composta por cinco outras entrevistas de candidatos aprovados pelo programa de seleção e contratação de Professor Visitante UFBA 2023 implementado pela Proext/UFBA. Concedidas ao Edgardigital, (doravante ED) para a série “Notório Saber UFBA”, as fotos e outras ilustrações utilizadas nessas publicações são todas dos acervos pessoais dos entrevistados.
ED
Mestra Mayá, bom dia! Como foi a sua infância?
MM
Bom dia! Sou a professora Maria José Muniz de Andrade Ribeiro, mas meu nome indígena é Mayá. Nasci em uma comunidade indígena no município de Pau Brasil. Sou indígena da comunidade Pataxó Hãhãhãi, da aldeia indígena Caramuru Catarina Paraguaçu. E tenho uma trajetória boa dentro dessa comunidade, mas também tenho uma trajetória ruim, do passado, da minha vida, do meu nascimento. E estou aqui sempre relatando algo que considero importante, tanto para mim quanto para quem vai me ouvir, para quem está me ouvindo.
Nasci nesta comunidade, fiquei lá até certa idade, oito, nove anos. Nossa família foi expulsa e fomos parar em vários outros lugares, procurando sobreviver, junto com meu pai e minha mãe, trabalhando nas fazendas. Estou nessa “batalha” desde jovem e ainda permaneço nesta aldeia, porque saímos, fomos expulsos, mas com o tempo voltamos novamente para esta comunidade. Quando voltei já tinha 30, 35, 38 anos, e voltei para fazer um trabalho de educação dentro da minha área, trabalhando com meu próprio povo. E aqui estou eu, nesta comunidade, com 42 anos, ou 43, porque nasci em 1982 e continuo lá fazendo esse trabalho de educação.
ED
Como são os nomes do seu pai e da sua mãe?
MM
O nome do meu pai é Manoel Pereira de Andrade. E de minha mãe é Lucília Muniz. Meu pai não é indígena e minha mãe é indígena.
ED
E eu sei que sua mãe era professora…
MM
Não, não era. Mas eu considero minha mãe uma professora, porque ela foi “minha” professora. Embora ela perguntasse: “Como posso ser sua professora se eu não sei ler?” E eu respondia: “Mas as primeiras letras, a primeira educação que aprendi foi com você”. Então eu nunca me esquecerei dessa “minha primeira professora” linda e maravilhosa que eu tive e que foi a minha mãe. Meu pai era trabalhador rural. Ele morava perto das fazendas, trabalhando para nos criar. Quando ele retornou, ele fez um trabalho na própria aldeia, certo? Suas atividades também eram pela alimentação de todo o nosso povo.
ED
Fale-nos sobre o seu trabalho.
MM
Trabalhei 39 anos na FUNAI, dentro da minha comunidade, mas também trabalhei em outros municípios como em Itaju da Colônia, município do extremo sul da Bahia e também na cidade de Itabuna. Hoje estou aposentada (pela FUNAI). Tem uns oito meses, mais ou menos, vai fazer uns nove meses que eu me aposentei. E agora eu me encontro aqui na Universidade (UFBA), em Salvador, fazendo um trabalho, tendo uma troca de experiências, não falando assim, “eu estou ensinando”, eu sou a favor de uma troca de experiência com nossos colegas, nossos professores, acho importante isso, o conhecimento um do outro e caminhamos juntos, de mãos dadas. Eu sou indígena, caminho com meus colegas indígenas, mas com meus colegas não indígenas também, para poder entender o que eles também pensam da nossa cultura, do nosso povo, do nosso jeito de ser, do nosso jeito de falar, do nosso jeito de caminhar, nossa maneira de praticar nossas culturas.
ED
Antes, você tinha dito que “foram expulsos” da sua aldeia. Quem os expulsou?
MM
Os agricultores da região onde morávamos nesta comunidade. Eles pensaram e disseram que aquela comunidade, que aquela terra, aquele território não nos pertencia e aí nos expulsaram. Mas com o tempo voltamos, porque essa pátria, foi nossa durante toda a nossa vida, gritamos por ela e sabíamos que ela era uma área indígena e que fazia parte dos povos indígenas. Então é por isso que tivemos que lutar para defender e retornar a esta terra. […] Meu trabalho foi praticamente todo nas “retomadas” porque os pais (das crianças indígenas) estavam todos sempre em “retomadas”.
Edgardigital
Esses ensinamentos tornaram-se fundamentais para enfrentar os desafios que se abateram sobre sua comunidade, quando o território indígena foi invadido por grileiros que se diziam fazendeiros, em 1952.
Entre os anos de 1948 e 1949 ocorreu grande e compulsória retirada de famílias indígenas da área, ameaçadas sob variadas formas de violência física e psicológica. Grande parte se dispersou, contudo, no interior da própria área indígena, assalariando-se pelas fazendas da região, ao passo que outros se deslocaram para São Paulo, Paraná e outros estados.
Na década de 1970, o próprio estado da Bahia tentou esbulhá-los por meio da concessão de títulos de propriedade a não indígenas, desconsiderando tratar-se de terras da União reservadas aos indígenas portanto, terras originárias, inalienáveis.
Finalmente, nos anos 1980, a FUNAI interpôs a ACO 312 – Ação Declaratória de Nulidade dos Títulos referidos que tramitou no STF ao longo de três longas décadas. Em 02 de maio de 2012, finalmente, após humilhações variadas, torturas e mortes, o STF reconheceu “que a perícia antropológica demonstrou a existência permanente de índios na região desde 1651, atestando a identidade do povo Pataxó Hãhãhãi, bem como a ligação de seus integrantes à Terra.
Maria Muniz e sua família étnica Tupinambá teve expressiva participação nessa luta, liderando as retomadas de várias parcelas do território indígena no decorrer dos anos 1990 e em toda a primeira década dos anos 2000. Ao longo de todos os anos ela atuou como professora de crianças, jovens – recorrentemente enfrentando dificuldades para frequentar as escolas municipais – e adultos. Foi graças, notadamente, ao seu apoio e de outros líderes que, não obstante, as animosidades, os Pataxó Hãhãhãi perseveraram e possuem, presentemente, um dos mais altos níveis de escolarização da região sul da Bahia. Os professores indígenas cursam, em sua grande maioria, o ensino superior em instituições públicas e privadas brasileiras e dois são diplomados em medicina pela Escola Latino-americana de Medicina – ELAM, em Cuba.
(Informações retiradas do Dossiê de Apresentação da Mestra Mayá à PROEXT/UFBA)

ED
Como “nasceu” na Mestra Mayá, a questão da religiosidade?
MM
Faço parte da liderança, sou líder, junto com outros líderes e com meus chefes. Mas o meu dever dentro desta liderança é trabalhar dando orientação sobre como agimos dentro dos nossos territórios, com o nosso povo, com as nossas comunidades. Enfim, para onde vamos? Precisamos saber que temos uma religião e que temos que respeitá-la e cuidar bem dela, pois pensamos no Sol, na Lua, nas Estrelas, no Fogo, no Vento, na Água e na Mãe Terra. São essas Estrelas que nos fortalecem que nos dão um passo mais forte para que possamos agir juntos com nossos líderes, nossos jovens, nossos filhos, com os nossos mais velhos que estão lá, muitos deles não saem mais de casa. Então é meu dever ir até a casa deles, conversar com eles, relembrar o que eles já sabem e aprender muito mais com eles, porque eu tenho idosos que são mais velhos do que eu, 80, 90, 95 anos. Então é um eterno aprendizado, uma troca de experiências. A nossa religião exige esse cuidado, esse carinho com o outro, para que nos fortaleçamos dentro da nossa cultura, junto com o nosso povo, na nossa casa, na nossa comunidade.
ED
E quanto a “liderança política”?
MM
A parte política – eu até falei que não queria saber da parte política -, mas hoje, diante das dificuldades, dos problemas, das lutas, é necessário que nós, indígenas, participemos da parte política, porque se a gente não participa da parte política, então somos cada vez mais enganados […] pelos políticos que são mais espertos, muito mais espertos que a nossa comunidade, que está lá na zona rural, nas matas, sem entender. E eu, como professora hoje, também faço parte dessa orientação: de dizer aos nossos caciques, aos nossos líderes, aos nossos jovens, a importância da política dentro das nossas aldeias..
ED
Mas como é mesmo essa “política dentro das nossas aldeias” a que a senhora se refere?
MM
Porque tem momento em que há uma boa caminhada, mas há momento em que há uma caminhada muito triste, como estamos vendo agora, a política “de unhas e dentes” contra nossas nações indígenas, que não quer nos valorizar, que não quer dar prioridade ao que é nosso, para que a gente possa estar ali, fazendo os nossos planos necessários, para a alimentação dos nossos netos, dos nossos bisnetos, dos nossos sobrinhos, enfim, para uma nova geração que está chegando aí. {…}, porque a situação é grave, muito grave, com referência às nossas comunidades.
ED
A senhora já sofreu alguma discriminação?
MM
Já fui muito discriminada nas escolas, nas reuniões, até pela forma como a gente às vezes se expressa, temos os nossos trajes, nossa cultura, do nosso pai, da nossa mãe, do nosso avô, da nossa avó, e não podemos esquecer disso. Se esquecermos disso, esquecemos de tudo. E, por isso às vezes somos discriminados, aonde vamos com os “intelectuais”, como dizem, eles se acham mais “sabedorias” que nós, indígenas, que conhecemos as Florestas, as Estrelas, as Águas, sabemos o significado do que chega até nós, a importância, o valor, mas mesmo com tudo isso, somos discriminados. Passamos por uma situação muito triste e constrangedora.
ED
Conta novamente aquela história que aconteceu com um certo reitor…
MM
Um reitor. Esqueci o nome dele. Às vezes eu chegava na universidade e encontrava lá aquele reitor. E eu sentia um pouco, vamos dizer, não sei, não entendia qual era o meu significado ali.. Não fazia sentido. Eu sentia que estava sendo discriminada até pelo jeito que eu estava indo e como ele me recebia como ele nos recebia.. Como ele recebeu a mim e ao meu cacique. E aí, quando ele chegou, todo “amarrado”, todo de manga comprida, aí um dia eu falei, “Senhor reitor, peço desculpas, vou pedir desculpas, mas vou ter que falar o que eu quiser. dizer. Eu me sinto mal quando venho aqui dar uma palestra aqui nesta universidade. Aí, eu digo, sinto um pouco de vergonha de estar aqui entre vocês, conversando com vocês, vocês me ouvindo, mas todo mundo de gravata, de camisa de manga comprida. E para mim isso está me dando um constrangimento pela forma como estou aqui com meu chefe, de uma forma diferente. Mas para mim, estou me sentindo mal” A partir desse dia, o reitor, no dia que ele sabia que era eu quem ia para lá, ele já me recebia, ele vinha dizendo: “Professora, eu estou do jeito que a senhora quer” e fizemos juntos um trabalho muito saudável…

ED
E agora, como Professora Visitante da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA?
MM
O meu pensamento é de estar junto com meus colegas dessa Universidade, meus colegas não indígenas. É um pensamento de troca de experiências, com mais luz, com mais conhecimento, com mais verdade. Muitas vezes tem um professor não indígena lá, mas ele realmente não sabe quem eu sou, o que eu quero o que penso, como penso, o que posso pensar para os nossos jovens, para as nossas crianças, até para nós, adultos. Então, eu sempre falo para os professores que não estou ali para ensinar. Também estou lá para aprender, através da troca de experiências. Caminhamos juntos, sabemos o que podemos fazer de melhor pelos nossos alunos, que estão aí, precisando desse carinho, dessa caminhada juntos, para a gente fazer um trabalho básico nas comunidades, com muito mais… para ampliar muito mais…
ED
Mestra Mayá, como surgiu à ideia de fazer o livro “A Escola da Reconquista” (RIBEIRO, Maria Muniz Andrade. Arataca/Ba: Teia dos Povos, 2021.) O que esse livro representa para a senhora e porque tem esse nome?
MM
Nesse livro fiz um resumo, um pouco da minha história, de luta, de trabalho na minha comunidade, com o povo e sinto necessidade de começar a falar um pouco sobre os motivos. As escolas hoje só falam da gente da Índia, da morte de Tiradentes, da morte de não sei quem, não sei quem mais, que é sempre lembrado. E os mártires da nossa comunidade? Ninguém fala desses mártires que morreram pela causa, morreram pela luta, sofreram muita discriminação. Muitos deles foram enterrados vivos.
Então senti que tinha que trabalhar um pouco sobre a reconquista da nossa nação, do nosso povo, o que o nosso povo também pensa e como tem que ser respeitado, que temos que ser respeitados como tal, temos o direito de vir e passar, sem ser atropelado por ninguém e esse direito ainda não é respeitado. Além disso, sobre a independência da Bahia no dia 2 de julho: que independência se ela realmente não existe? Não existe essa independência porque nós indígenas não temos essa independência de poder falar, de poder fazer o que quisermos, de poder ir e vir.
Nosso povo é assassinado. De vez em quando eles encontram um morto aqui e ali, porque às vezes (eles) falam a verdade. Eles não querem aceitar o que estes políticos querem hoje. Então foi a razão do meu pensamento de fazer o livro. A Escola da Reconquista, editora Teias dos Povos – 2022, que são os nossos antepassados, os nossos bisavôs, o nosso passado. Dizer aos jovens de hoje que aquela educação do passado também teve um grande valor. […] Porque também aprendemos a ser humildes e sabemos chegar nos lugares, mas ainda somos desrespeitados, ainda não somos acreditados, ainda não somos vistos com bons olhos, não por todos, mas ainda há quem sinta isso de nós, indígenas, de não podemos estar no lugar onde “meus senhores” estão.
ED
E, porque você diz que é uma “escola feita pelos caminhos”?
MM
Essa escola feita pelos caminhos é porque eu não tinha uma escola. Nunca tive mesa para colocar meu material. Então minha escola era andando, pelos caminhos, minha escola era embaixo de uma árvore, do pé da jaqueira, era no pé de mangueira, aquele pé de árvore lindo que eu encontrei, eu falei, aqui é uma escola muito boa, à beira do rio, perto das casas de farinha, onde os pais estavam fazendo a farinha com os filhos raspando a mandioca, lá eu estava ensinando e falando o quão importante era aquele trabalho, porque os pais colocaram eles para fazer isso, o que tinha de importância nisso. Então era essa escola andando, a gente andava, cantava, corria, brincava nessa escola que não tinha cadeira para os alunos sentarem, nossos alunos sentaram no chão, eu tinha um banco de madeira muito humilde para trabalhar. Então eu fiz esse trabalho, eu considerei que eu estava andando nas entrelinhas, marcando linhas aqui e ali, cada “retomada” (do território sequestrado) que os pais faziam, eu estava lá com meus alunos, porque não podia sair, porque eu era professora e como professora eu tinha que ensinar. E lá estava eu naquela “retomada”, ensinando meus alunos pelos caminhos.
ED
E os cantos e os encantados? E os sonhos?
MM
Nós cantávamos muitos dos nossos rituais, cantávamos também muita “roda”, que nós aprendíamos com nossa avó, nossa bisavó, muita roda, isso eu aprendi muito, a cantar, fazer essa brincadeira, brincar de roda com meus alunos. E isso era um trabalho muito grandioso para nós e para os nossos alunos, porque eles sentiam uma alegria muito grande quando a gente começava a fazer uma atividade dessas, cantando e correndo, fazendo nossas palestras lá nas estradas, debaixo daqueles pés de árvores.
Os Encantados, para a gente, a gente acredita muito porque os nossos Astros nos dizem que nós indígenas temos uma força muito grande das Matas, das Florestas, do Sol, da Lua, das Estrelas. A gente acredita muito que vem nos dizer algo que vai acontecer com a gente, ou que já aconteceu que está acontecendo, então é um ser espiritual que a gente acredita muito nesse ser encantado. […]. Então eu recebo esse dom, essa orientação […] os nossos jovens, que hoje necessitam muito a gente ter cuidado com os jovens, com as crianças, diante dessas dificuldades, dessas brutalidades, das rebeldias, porque existe a rebeldia de dois lados, a rebeldia para o bem, mas também a rebeldia do mau.
Os sonhos também são de grande valor, porque através dos sonhos a gente recebe orientações. Eu mesma sou uma pessoa que às vezes eu tenho um sonhar, e esse sonhar eu respeito muito, porque eu comecei a ouvir do meu avô e da minha avó o respeito do sonho, o caminhar com o sonho, o acreditar no sonho. E o que faz a gente caminhar mais forte é o acreditar, é o crer. Crer no que vem para a gente, nos orientando. Muitas vezes a gente não quer acreditar e deixa de acreditar e às vezes a gente “apanha” porque não acreditou. Então eu sou uma dessas que eu acredito no sonho e quando eu deixo de acreditar eu “apanho”. Eu ouvi muitos sonhos dos meus alunos, sonhos importantes e que com o contar deles, quando eu escrevia aquele contar deles, eu ouvia, eu recebia alguma resposta daquele sonho. Então tem uma grande validade, quem acredita nos sonhos. Isso é uma grande fortaleza., isso é uma grande fortaleza.
ED
Como é seu trabalho na Teia dos Povos?
Edgardigital
A Teia os Povos é um movimento que congrega povos indígenas, quilombolas, assentados, camponeses e outros movimentos sociais do campo, jovens da periferia, e aqueles que estão empenhados na luta pelo direito à terra e na construção das práticas agroecológicas.
MM
[…] lá eu sou, eu sou uma mensageira para, digamos, para os seres espirituais, dizer para o povo que nós não podemos deitar como um burro e levantar como um cavalo, não é isso? (risos)
ED
Mestra Mayá, muito obrigado por tanto notório saber.
MM
De nada.