
Mesa de abertura do Congresso. Da esquerda para a direita: Renato Jorge (Assufba), vice-reitor Penildo Silva Filho, reitor Paulo Miguez, José Ponciano (Apub), Yuri Silva (DCE)
Uma festa politemática. Assim, sem exageros, foi a sensação para quem assistiu, presencial ou digitalmente, a abertura do Congresso da UFBA 2024, realizada nesta segunda-feira, 25 de novembro. Cada pedacinho da UFBA esteve presente, fosse à mesa, na vibração dos que a compunham, fosse no vigor das performances exibidas. Em pouco mais de duas horas, materializou-se, na Reitoria, a essência do Congresso: Ciência, Arte, Cultura e Democracia. Quatro palavras mágicas que contam agora com a defesa da instituição e do ensino público superior.
“E não poderia ser diferente”, asseverou o reitor Paulo Miguez, que presidiu a mesa de abertura do Congresso, ao lado do vice-reitor Penildo Silva Filho e dos diretores da APUB, José Ponciano; da ASSUFBA, Renato Jorge Pinto; e do DCE, Yuri Silva. “Essas quatro dimensões, que dão nome ao nosso Congresso, foram brutalmente agredidas nos últimos anos. Foi uma forma de homenageá-las”, enalteceu Miguez, que conclui: “É um compromisso permanente da comunidade da UFBA protegê-las”! O público, presente no Salão Nobre, aplaudiu de pé.
Projetando o futuro, Miguez enumerou quatro momentos importantes para a UFBA nos próximos anos: reafirmar compromissos com as diversidades e inclusão das diferentes perspectivas culturais na instituição; ter na defesa dos Direitos Humanos a missão de resgatar aqueles que tiveram seus direitos desrespeitados; encontrar caminhos que garantam a permanência dos estudantes na universidade; e preparar as comemorações pelos 80 anos da UFBA, em dois de julho de 2026.
“Temos muitos desafios e o maior deles é manter o estudante na universidade. Precisamos enfrentar essa realidade e enfrentar com sucesso, particularmente aqueles alunos aprovados por meio das cotas”, explicou. O reitor entende que o Congresso é o momento de prestar contas à comunidade. Hoje, são 60 mil pessoas desempenhando algum tipo de trabalho dentro da UFBA. “Eles são nossa energia e merecem saber o que todos nós estamos fazendo interna e externamente”, exorta.

Tânia Bispo – Escola de Dança
O Congresso, por exemplo, está com13 mil inscritos para assistir e participar dos eventos. Serão montadas 900 mesas de debates e estudos. Mais de dois mil vídeo-pôsteres exibidos no canal da TV UFBA e canais do Congresso no youtube. E mais de duzentas intervenções artísticos ocorrerão durante os três dias.
A produção de conhecimento popular e arte dão um toque especial ao Congresso. Um pouco disso ocorreu na abertura, com a apresentação da Orquestra da UFBA e Madrigal; performances das escolas de Dança e de Teatro; intervenção hip-hop e a palestra cantada do mestre Bule-Bule, que foi cirúrgico ao analisar o que nos rodeia: “O tempo só é ruim para quem não pode esperar”. O ato de abertura reuniu docentes, cientistas, artistas, estudantes, representantes do estado e do município e da sociedade. Bule-Bule ainda teve direito a bis, autógrafo, cumprimentos, beijinhos e abraços.
A melhor expressão de cultura popular que um Congresso poderia exibir. Prova disso são as apresentações: Saudação dos Alabês e Toque para Exú – Projeto Rum Alagbê, sob coordenação de Iuri Passos; OSUFBA – Villa-Lobos, Bachiana 4, Introdução, Caymmi/Widmer/Gomes, “É doce morrer no mar”, Guerra-Peixe, Mourão; Intervenção artística da servidora Tânia Bispo – Escola de Dança; Intervenção do professor Antrifo Sanches – Escola de Dança; palestra cantada Mestre Bule Bule; Mostra “Ancestralidade”, do discente Nilson Bastos no foyer da Reitoria.